FORMAÇÃO TEATRAL COMO RESISTÊNCIA ÀS PRÁTICAS DE EMBRANQUECIMENTO

Resumo

Neste artigo, aborda-se as práticas de embranquecimento engendradas pelo projeto colonizador e baseadas numa perspectiva que atribui uma posição hierárquica de superioridade aos povos europeus em relação aos afrodescendentes, como modos de subjetivação das mulheres negras. Demonstra-se a ocorrência de práticas sociais que revelam a influência da colonialidade sobre os corpos dessas mulheres e sobre a forma como elas se conduzem no mundo. Examina-se a adoção de padrões eurocêntricos de beleza e a proposição de minimizar os traços característicos da raça negra como forma de renunciar a si mesma. Analisa-se os elementos abordados pela formação teatral como alternativa para a elaboração da subjetividade de mulheres negras que se coloque em resistência aos processos de embranquecimento.