Teatro e pintura em diálogo: Ellen Terry e a Ofélia de Shakespeare

  • Cristiane Busato Smith Centro Universitário Campos de Andrade

Resumo

Este trabalho se propõe a investigar as instigantes relações entre o teatro e a pintura na Inglaterra do século XIX. O século XIX, fascinado com uma cultura crescentemente visual, encontrava nas exibições de arte e no teatro “espetáculos” que muitas vezes se entrelaçavam. A época testemunha o surgimento da pintura teatral, que fazia referência direta ao palco, retratando atores e produções específicas. Em contrapartida, os teatros, agora iluminados, ornados por elaborados painéis móveis, dioramas e cosmoramas, apresentavam peças com atores que dialogavam com a arte pictórica. O caso da atriz Ellen Terry ao encenar a Ofélia de Shakespeare é paradigmático da mútua influência das artes.

Referências

ALTICK, Richard D. Paintings from books: art and literature in Britain 1760-1900. Columbus: Ohio State University Press, 1985

BOOTH, Michael R. Pictorial acting and Ellen Terry. In: FOULKES, Richard (Ed.). Shakespeare and the Victorian stage. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.

SHOWALTER, Elaine. Representing Ophelia: women, madness, and the responsibilities of feminist criticism. In: PARKER, Patricia; HARTMAN, Geoffrey (Ed.). Shakespeare and the Question of Theory. New York: Routledge, 1991.

TERRY, Ellen. The story of my life: recollections and reflections. London: Schocken, 1982.

YOUNG, Alan R. Hamlet in the visual arts 1709-1900. Newark: University of Delaware Press, 2002.

Publicado
2018-05-17
Seção
Dramaturgia, Tradição e Contemporaneidade